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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

ENCERRANDO MAIS UMA ETAPA

Durante os meses de Outubro e Novembro estivemos reunidos regularmente, exceto por ocasião de feriados.
O grupo começou a contar com a participação da simpática e muito rica presença de Pe. Isao, sacerdote e psicólogo humanista, assistente da pastoral nipo-brasileira de Campinas e São Paulo.
O grupo concluiu com êxito a primeira parte do livro "A vontade de sentido" - fundamentos e aplicações da logoterapia.
No próximo ano, no primeiro semestre será feito o estudo da segunda parte que trata das aplicações da Logoterapia.
Nos dois últimos encontros de estudos, 22 e 29 de novembro, revimos alguns pontos da Logoterapia com a síntese e projeção do tema Aconselhamento em Logoterapia do Prof. Ms. Guilherme Falcão apresentado em Curitiba em 18 de novembor de 2010 durante o
V CONGRESSO BRASILEIRO DE ANÁLISE EXISTENCIAL E LOGOTERAPIA e

II ENCONTRO LATINO AMERICANO DE HUMANISMO E EXISTENCIALISMO
Esse material está disponível na internet e foi enviada uma cópia para cada participante do Gevef.
Na próxima semana, dia 6 de dezembro, nosso grupo vai se encontrar na Cidade de Valinhos, no Centro de Meditação e Retiros Recanto Santa Maria onde mora Pe. Isao. Será um tempo de contato com a natureza, convivência, exercício de meditação e confraternização encerrando as atividades do ano.
Durante este tempo de recesso este espaço continuará publicando informações e textos sobre a Logoterapia e os projetos para o próximo ano.

Como pode o ser humano encontrar sentido?

Compete a cada um de nós  tomarmos consciência da contribuição única e insubstituível, dentro deste desacertado conjunto de incertezas com que nos deparamos, a fazer a descoberta pessoal do sentido da vida e, quem sabe, na descoberta de um sentido comum que possa ser o fundamento da paz neste novo século, neste novo milênio.
Uma das coisas mais importantes que podemos fazer na descoberta do sentido de nossas vidas é seguir uma orientação da escritora Charlotte Bühler: “Tudo que podemos fazer é estudar a vida das pessoas que parecem haver encontrado suas respostas às questões em torno das quais gira em última análise a vida humana e compará-la com a vida daquelas que não as encontraram”.
Há três caminhos principais através dos quais se pode chegar ao sentido da vida. O primeiro consiste em criar um trabalho ou fazer uma ação. O segundo está em experimentar algo ou encontrar alguém; em outras palavras, o sentido pode ser encontrado não só no trabalho mas também o amor. O mais importante, no entanto, é o terceiro caminho para o sentido na vida: mesmo uma vítima sem recursos, numa situação sem esperança, enfrentando o destino que não pode mudar, pode erguer-se acima de si mesma, crescer para além de si mesma e, assim, mudar-se a si mesma. Pode transformar a tragédia pessoal em triunfo. (Viktor E. Frankl, Em busca de Sentido, Um psicólogo no campo de concentração, p. 156-157, Ed Sulina).
Muitos me perguntam: é possível dar às pessoas existencialmente frustradas um sentido para a sua vida? Não, não podemos. Não podemos, nem o médico, nem o psicólogo, nem o religioso. Porque não são oniscientes, pois não conhecem totalmente a vida humana e não são onipotentes, pois não podem fazer tudo. Insisto em dizer que não é possível dar sentido, mas somente encontrar o sentido. O sentido de uma pessoa, coisa ou situação, não pode ser dado. Tem que ser encontrado pela própria pessoa – mas não dentro dela, porque isto iria contra a lei da autotranscendência do existir humano. Encontrar o sentido está em estreita relação com a percepção da realidade. Cada situação com que nos deparamos constitui um desafio. E na possibilidade de escolher concreta e objetivamente o que fazer numa situação possibilita descobrir o seu sentido. É por isso que só se pode encontrar o sentido: porque ele é objetivo; não podemos atribuí-los ao nosso bel-prazer. Não se trata de por, de colocar um sentido nas coisas, mas sim de extrair o sentido delas, de perceber o sentido de cada uma das situações com que nos defrontamos. O sentido está na possibilidade e na necessidade que cada situação concreta da vida nos possibilita. É aquilo que é preciso fazer em cada situação concreta; e esta possibilidade de sentido é sempre, como a própria situação, única e irrepetível. Uma vez feita a escolha deixamos de lado outras possibilidades que nunca mais se repetirão.
O sentido de uma situação, se o encontrarmos e efetivarmos, torna-se real de uma vez para sempre. Aquela possibilidade de sentido que se nos apresentava naquele momento e naquele lugar, aqui e agora, torna-se eterno e salva no passado. O ser passado, isto é, algo realizado, é também uma forma de ser, e talvez a forma mais segura. Tudo aquilo que realizamos e criamos fica guardado, conservado no interior do passado. E nem o tempo pode apagar.
José Alem
Conheça o livro de José Allen Vida e Sentido – passos para uma nova vida. Editora Palavra e Prece com novos temas sobre o assunto.